• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Microturnos ganham espaço na jornada de trabalho da geração Z

Tendência de períodos mais curtos de trabalho avança entre os jovens e desafia empresas a repensarem modelos tradicionais de contratação

A busca por formatos de trabalho mais flexíveis tem levado empresas a adotarem os chamados microturnos — jornadas reduzidas, geralmente de até seis horas por dia, organizadas de maneira a conciliar os interesses dos trabalhadores com a operação das empresas. O modelo tem ganhado adesão principalmente entre a geração Z, formada por pessoas nascidas entre 1995 e 2010, que tende a priorizar equilíbrio entre vida pessoal e profissional, desenvolvimento contínuo e propósito no trabalho.

"Esse formato permite que o trabalhador divida o dia com outras atividades, como estudo, projetos paralelos ou cuidados com a família. É uma alternativa que conversa diretamente com os valores da geração Z, que comumente rejeita o modelo tradicional de expediente fixo e longo", explica Virgilio Marques dos Santos, sócio-fundador da FM2S, startup de Educação sediada no Parque Científico e Tecnológico da Unicamp, gestor de carreiras e PhD pela Unicamp. Para Santos, os microturnos representam mais que uma flexibilização: são uma reconfiguração da lógica de tempo e produtividade no trabalho.

Empresas que já adotam essa abordagem relatam benefícios como aumento da produtividade, redução do absenteísmo e maior satisfação dos colaboradores. Setores que operam com alta rotatividade ou com lacunas de pessoal, como varejo e hospitalidade, têm testado o formato como alternativa para atrair mão de obra.

No entanto, a tendência exige atenção à gestão. "É necessário planejamento para garantir a cobertura de turnos, treinamento adequado e clareza nas entregas, já que o tempo disponível é menor. Os desafios de coordenação são reais e precisam ser antecipados", afirma Santos.

Na prática, os microturnos podem se consolidar como estratégia para retenção de talentos e melhoria da eficiência operacional — especialmente em um contexto no qual jovens profissionais resistem a padrões inflexíveis de jornada. "O conceito de jornada está em mutação. As empresas que compreenderem essa mudança terão vantagem na disputa por talentos", finaliza.

Virgilio Marques dos Santos é um dos fundadores da FM2S, gestor de carreiras, PhD, doutor, mestre e graduado em Engenharia Mecânica pela Unicamp e Master Black Belt pela mesma Universidade. Autor do livro "Partiu Carreira", TEDx Speaker, foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da Unicamp, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.