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Brasileiro trabalhará quatro dias a mais em 2026 para pagar aumento do IOF, diz IBPT

O brasileiro terá que trabalhar mais de 150 dias para pagar tributos em 2026 com o aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras

O brasileiro terá que trabalhar mais de 150 dias para pagar tributos em 2026 com o aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). A projeção é do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).

A análise anual do instituto revela que 40,82% da renda do brasileiro é destinada ao pagamento de tributos, o que equivale a quase cinco meses de trabalho, ou 153 dias, considerando impostos sobre consumo, renda e patrimônio. Serão quatro dias a mais que os 149 dias de 2025.

“O aumento do IOF é mais um retrocesso que recai sobre toda a sociedade. Enquanto o brasileiro já destina quase cinco meses do ano para sustentar o Estado, agora terá que sacrificar ainda mais dias de trabalho sem qualquer contrapartida em qualidade dos serviços públicos. Trata-se de uma medida que agrava a regressividade do sistema tributário e penaliza especialmente quem mais precisa de crédito.”, comenta João Eloi Olenike, presidente-executivo do IBPT e um dos autores do estudo. A alteração do IOF está sendo debatida no Congresso Nacional.

O estudo reforça que o IOF tem efeito cascata e está presente em praticamente todas as etapas da economia: incide sobre empréstimos, financiamentos, seguros, operações de câmbio, crédito rotativo de cartões e até remessas internacionais.

“O IOF é um imposto silencioso, mas extremamente perverso. Está embutido no custo de produtos e serviços e é pago tanto pelas empresas, que repassam o custo ao consumidor, quanto diretamente pelos cidadãos em algumas de suas operações financeiras. Com o aumento, a população será ainda mais penalizada, tendo que trabalhar mais dias para arcar com o novo ônus”, afirma Gilberto Luiz do Amaral, presidente do Conselho Superior do IBPT.

O impacto é ampliado por sua natureza cumulativa. A indústria paga IOF sobre crédito, câmbio e seguro e embute esse custo no preço dos produtos. O comércio, por sua vez, arca novamente com esses encargos e os repassa ao consumidor. Além disso, o próprio cidadão ainda paga o IOF diretamente em suas compras no exterior, financiamentos e operações com cartões de crédito.

O levantamento considera a incidência de tributos sobre consumo (83 dias), renda (55 dias) e patrimônio (11 dias), totalizando 149 dias de trabalho exigidos em 2025. O percentual de 40,82% da renda comprometida com impostos se mantém entre os mais altos do mundo.