• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Presidente da CNseg: Previdência privada deve ser incentivada e não taxada

Em entrevista ao Capital Insights, Dyogo Oliveira disse que tributação dos aportes de previdência privada de maior valor através do IOF é injusta

A medida de tributação dos aportes de previdência privada de maior valor através do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) proposto pelo governo é considerada como injusta para Dyogo Oliveira, presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) e ex-ministro do Planejamento do governo de Michel Temer.

Em entrevista ao Capital Insights desta quinta-feira (26), programa semanal de entrevistas realizado pelo CNN Money e pela Broadcast/AE, o presidente da CNseg que "a previdência privada deveria ser incentivada, não tributada".

Segundo Oliveira, as reservas são fruto da renda das pessoas, que já é tributada, e não é na previdência que estão os recursos dos "super ricos".

Ele diz ser preciso repensar o tamanho do Estado brasileiro para evitar um ciclo vicioso em que aumentos de gasto levam a novas elevações da carga tributária.

Na quarta-feira (25), o Congresso aprovou o projeto que derruba o aumento do IOF em placar expressivo contra a iniciativa do governo: 383 votos a favor e 98 contra. A indicação dos deputados e senadores é de que, ainda, o Planalto não dá sinais de contenção de despesas.

De acordo com o presidente da CNseg, a captação da previdência privada caiu 80% nas semanas finais de maio e nas primeiras de junho.

Foi efeito do primeiro decreto do governo, que tributou pelo IOF aportes previdenciários superiores a R$ 50 mil. Em junho, um novo texto substituiu o anterior e elevou a barra a R$ 300 mil até o final deste ano. A partir do ano que vem, ela sobe para R$ 600 mil, mas passa a considerar mais de um aporte nos planos.

Oliveira diz que a mudança foi um "pequeno avanço", mas que não elimina os problemas nos fundamentos da medida, nem resolve a situação das contas públicas.

"É preciso enfrentar as despesas obrigatórias", afirma ele, mencionando que ao cortar apenas gastos discricionários, o governo fica com pouco espaço de manobra — o que explica a previsão de colapso no Orçamento federal em 2027.

O presidente da CNseg trata ainda das medidas do mercado de seguros para ampliar sua participação na economia brasileira, hoje entre 6% e 7%. O objetivo das seguradoras é elevar essa fatia a 10% até 2030, e para tanto, um conjunto de medidas está sendo posto em prática.

Oliveira diz que parte do esforço passa por diversificar produtos e canais de venda, para que os seguros cheguem a novos públicos. Outro pedaço vem da comunicação: além de tratar dos produtos em novos espaços, as seguradoras precisam deixar de lado o linguajar técnico que impede que os clientes entendam o que estão comprando.

O objetivo é superar a percepção de grande parte da população de que a contratação de seguros é desnecessária.

"O brasileiro se habituou a viver sob muito risco e isso é um obstáculo", diz ele.

A CNseg também tem a ambição de levar os produtos do mercado à massa de trabalhadores informais constituída no país na última década. Segundo Oliveira, o setor oferece coberturas similares às da seguridade social, como os seguros contra acidentes pessoais e de vida.