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Notícia

Mudança do CNPJ para Alfanumérico: como as instituições devem se preparar

Modernização e segurança de dados com a nova formatação do CNPJ

A transformação do formato do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) de numérico para alfanumérico representa uma mudança estrutural de grande impacto no ecossistema tecnológico das instituições financeiras, empresas e órgãos reguladores. Embora pareça uma alteração simples na formatação, sua implementação exige uma abordagem abrangente, envolvendo aspectos técnicos, operacionais e estratégicos.

A adoção do CNPJ alfanumérico tem como objetivo modernizar e ampliar a capacidade de integração de dados, facilitar a inclusão de novos tipos de registros e aprimorar a segurança e a governança das informações. Ressalte-se, contudo, que a transição não se limita à atualização de um campo de banco de dados. Ela permeia toda a jornada de dados, desde a entrada em formulários até a geração de relatórios e integrações com parceiros externos.

A complexidade da mudança exige uma revisão minuciosa dos sistemas internos e externos. Do ponto de vista técnico, o mapeamento de todos os sistemas impactados é fundamental. Faz-se necessário revisar códigos de validação de CNPJ, que atualmente assumem um formato numérico fixo, além de adaptar rotinas de conciliação, emissão de relatórios e integrações com plataformas de terceiros, como Receita Federal, Banco Central, juntas comerciais e outros órgãos reguladores. Reavaliar estruturas de banco de dados é outro passo crucial, especialmente se há uso de campos numéricos para armazenar o CNPJ.

No âmbito operacional, a coordenação de um plano de ação centralizado inclui a definição de priorizações, fases de testes e validações, envolvendo áreas de negócio, tecnologia e fornecedores. Equipes multidisciplinares, com conhecimentos em desenvolvimento, arquitetura, testes e segurança, devem, assim, atuar de forma integrada para garantir uma transição suave.

A recomendação é que as instituições iniciem imediatamente o mapeamento técnico e funcional do uso do CNPJ em seus sistemas e engajem times de arquitetura, dados e fornecedores em uma visão conjunta de impacto para identificar pontos críticos e estabelecer um cronograma realista de adequação. Soluções que combinem inteligência, escalabilidade e governança podem acelerar o processo, minimizando riscos e garantindo conformidade com os prazos estabelecidos pela Receita Federal.

A mudança do CNPJ para alfanumérico é uma oportunidade de modernizar a infraestrutura de dados das instituições, mas exige planejamento detalhado e execução coordenada. Quanto mais cedo as organizações iniciarem a preparação, mais ágil será a adaptação, evitando impactos operacionais e garantindo a integridade das informações em toda a cadeia de valor, fortalecendo a governança de dados e preparando as instituições para os desafios de um ambiente digital em constante evolução.

Autor: Ivan Nacsa - Bacharel em Ciências Contábeis, Sócio global da Consultoria BIP, desde 2004, atuando na coordenação da implantação do padrão contábil internacional em instituições financeiras e no desenvolvimento e estruturação de novos produtos bancários, operações proprietárias e M&A (Merger and Acquisition).