• Conheça nosso jeito de fazer contabilidade

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Vestibulum sit amet maximus nisl. Aliquam eu metus elit. Suspendisse euismod efficitur augue sit amet varius. Nam euismod consectetur dolor et pellentesque. Ut scelerisque auctor nisl ac lacinia. Sed dictum tincidunt nunc, et rhoncus elit

    Entenda como fazemos...

Notícia

Reforma tributária pode acabar com a cobrança da taxa de marinha

Relator da reforma no Senado, Roberto Rocha esteve em Vitória nesta quinta-feira e disse que o fim da cobrança é um dos pontos que serão propostos

A reforma tributária pode por fim à cobrança de taxa de marinha em cidades que estão em ilhas, como é o caso de Vitória. A proposta é do relator da reforma no Senado, senador Roberto Rocha (PSDB-MA).

Atualmente a cobrança de taxas de ocupação, foro e laudêmio afeta diretamente cerca de 50 mil pessoas no Espírito Santo, a maioria moradora de Vitória e Vila Velha. Alguns moradores de residências localizadas próximas ao mar precisam desembolsar cerca de R$ 5 mil por ano.

"Na nossa PEC, já introduzi no relatório a retirada completa de terreno de marinha, o que definitivamente resolve o problema de Vitória, de São Luiz e de Florianópolis", ressaltou o senador.

Rocha esteve em Vitória nesta quinta-feira (26) para participar de um debate sobre reforma tributária, promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES). A Ordem defende que o sistema de impostos seja modificado no Brasil, porque, segundo a instituição, ele é injusto e ineficiente.

Segundo o presidente da Comissão de Direito Tributário da OAB-ES, Gustavo Sipolati, o debate sobre o tema serviu para chamar atenção para essa necessidade. "O Brasil é um país onde comumente as pessoas têm uma repulsa em relação ao tributo. Tributo é algo complexo, mal compreendido inclusive pelos especialistas. Então nós temos que debater e criar essa boa compreensão do que seja o tributo, até para se saber o que se paga e também para se cobrar a melhor prestação de serviço e alocação desses valores, que são recolhidos pelos estados, pelos municípios e pela União", destacou.

Apesar da discussão a respeito de uma reforma tributária no Brasil se arrastar há décadas, Alessandro Rostagno, da Comissão Especial de Direito Tributário do Conselho Federal da OAB, acredita que, dessa vez, a proposta vai sair do papel. "Acho que sai. Todos questionam 'precisamos fazer uma reforma tributária', mas ninguém sabe qual é o conteúdo dela, para que se possa realmente se concretizar algo de forma efetiva no plano legislativo", ressaltou.

O Governo Federal ainda não enviou o texto da reforma tributária para o Congresso Nacional. Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, isso deve acontecer nos próximos dias.

Entretanto, duas reformas já estão em andamento, uma na Câmara e outra no Senado. O destaque principal é a criação de um tributo, o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que substituiria vários outros, nos setores de indústria, comércio e serviços.

"A gente atendeu a uma reivindicação do Governo Federal, que deseja ter seu próprio IVA. É o IVA dual, que é o IVA do Governo Federal e o IVA dos governos estaduais e municipais, reunindo basicamente o ICMS, que é o maior imposto do Brasil, e o ISS", explicou Roberto Rocha.

O senador disse estar otimista. Ele acredita que, ainda em outubro, o Senado aprovará a reforma tributária e, no primeiro semestre do ano que vem, ela será aprovada na Câmara dos Deputados.

Rocha destaca que a reforma é necessária principalmente porque o sistema atual prejudica os mais pobres, que pagam impostos sem perceber. "As pessoas mais pobres pagam mais do que as pessoas mais ricas, proporcionalmente, porque o pobre vai tudo para o consumo. Se ele ganha um salário, ele não vai ter condições de economizar para investir em fundo de renda fixa, imagina. Vai para o consumo. E aí é 50% a tributação".